Sim, fazemos parte! Com toda a incoerência inerente ao ser humano em sociedade, o veganismo – que vai além do não consumo de qualquer produto de origem animal – é praticável dentro das possibilidades… Quais e em qual tempo? Eis as questões…
Evitar aquele cosmético testado em amiguinhos do Ralph no dia a dia é uma alternativa… Ah, mas e a vacina testada em animais? Então, eis um ponto imperfeito – e bem atual -, e que faz gente vegana defender a vacinação e se vacinar…. É o que o Direito chama de conflito de direitos e é tenso e polêmico isso…
Mas, é o Direito também que nos orienta a fazer uso do princípio da concordância prática ou da harmonização de forma para combinar os bens jurídicos em jogo… Sem polêmicas e mais delongas, o primeiro post desse espaço é para dizer que a perfeição do veganismo é a utopia do Eduardo Galeano, lá no horizonte… Assim o comparo, uma vez que a cada passo dado – o qual jurava ser inatingível em determinado momento – vejo o perfeccionismo desse estilo de vida a mais um passo distante de mim (se não for mais, hein?).
E está tudo bem! Porque a imperfeição é nossa e só cabe a gente reconhecer… E claro, que haverá mil de um lado e outros mil e dois do outro te azucrinando os ouvidos com a fantasia de uma refeição inteira sem nada de animal no prato ou na xícara. É possível sim! E muita gente só não se dá conta porque o mundo está acelerado demais, o que impede, da mesma forma, muita gente não buscar a proveniência dos cortes perfeitos para o churrasco de domingo.
É o tempo… Sim, o tempo lá do início do texto… É o tempo de cada um diante das próprias observações, necessidades e crenças… É a gente se dar tempo para um café com cuscuz e refletir sobre o micro e o macro; sobre o que uma gota a mais de água num copo de 200ml pode fazer transbordar… Cheio de imperfeições, claro!