O processo de vacinação em combate ao coronavírus em Sergipe tem seguido um fluxo favorável para a então imunização, vacinando jovens e já com previsão para vacinar adolescentes. Apesar de a vacinação estar avançando, há uma preocupação quanto ao número de pessoas faltosas com a segunda dose, tendo a necessidade de criar campanhas com repescagens incentivando as pessoas que deixaram de tomar o reforço no prazo.
De acordo com o Ministério da Saúde, Sergipe é o terceiro estado, e menor do País, com maior número de faltosos, com uma taxa de 11% do público que não compareceu para completar a imunização.
A negligência é um risco público, principalmente para as pessoas com comorbidades. Dr. Raul Andrade, cirurgião bariátrico, expressa preocupação com as pessoas obesas, público com maior número de comorbidades nesse cenário.
“Quando falamos na população de risco, como os pacientes obesos, a vacinação tem ainda mais importância, já que a obesidade não só está relacionada a um risco maior de contrair a doença como o desenvolvimento das formas graves, com aumento significativo das chances de internamento hospitalar, necessidade de ventilação mecânica e internamento em UTI. Tanto o controle do peso como a vacinação irão atuar na proteção desta parte da população, que representa mais de 20% dos brasileiros.”
As motivações são várias, como: ocupações, fake news, e dentre todas, são as reações derivadas da primeira aplicação que desestimulam as pessoas irem tomar a segunda dose. Mas isso não deve ser justificativa. “Na verdade, os efeitos colaterais são suaves e só mostram que a vacina é eficaz, já que estimula o sistema de defesa do organismo, que produz os anticorpos para combater o vírus. Sem a imunização completa, não estarão eficientemente protegidos.”, afirma Dr. Raul.