O torneio convidou pescadores da Associação dos Pescadores e Maricultores da Praia da Cocanha (APMPC) a dedicar um dia inteiro de trabalho para pescar plástico em vez de peixes – vão participar cerca de 55 pescadores, remunerados pelo período e por cada quilo de resíduo recolhido do mar. Os três competidores que retirarem a maior quantidade de resíduos da água também serão premiados com quantias adicionais e a comunidade ainda será contemplada com a reforma do principal galpão local, onde os pescadores guardam seus barcos e materiais de trabalho.
No local, também usado pela população como um centro cultural (com atividades para o público em geral, desde moradores até turistas, incluindo até sessões de cinema), seráo proporcionadas novas oportunidades para a comunidade, como conta Pedro Belga, presidente da ONG Guardiões do Mar:
“A reforma do galpão é algo que poderá trazer para a comunidade uma nova perspectiva de renda para as famílias que recebem seu dinheiro por meio do Turismo de Base Comunitária (TBC). Além de trazer um local de expressão cultural, de possibilidade para exposição de produtos locais para venda, entre outras diversas oportunidades.”
A escolha do local foi feita pensando na Praia da Cocanha, em Caraguatatuba, que tem sua principal fonte de renda financeira e alimentar vinda da pesca de mexilhões – animal marinho comum localmente e que é 100% impactado pela poluição por absorver qualquer tipo de impureza, o que o deixa impróprio para consumo e venda.
João Pedro Zattar, head de marketing de Corona no Brasil, explica:
“Por meio do Torneio de Pesca de Plástico, temos a oportunidade de colocar em prática o nosso propósito de contribuir para a limpeza dos oceanos e nos aliarmos a pessoas que, assim como nós de Corona, entendem a importância de cuidar do mar e pela natureza Pensamos em um projeto que pudesse ajudar o meio ambiente e, ao mesmo tempo, apoiar economicamente a região, já que esse lugar é a casa dessas pessoas, que encontram no mar o seu sustento e de suas famílias.”
Essa é a primeira vez em que um evento do tipo acontece no Brasil, em parceria com a ONG Guardiões do Mar, que desde 1998 atua no apoio à coleta e reciclagem de resíduos e especialmente pela preservação da biodiversidade marinha. A dinâmica dessa competição “do bem” é simples: quem recolher mais lixo do mar vence e se classifica entre os três mais bem colocados. Mas o objetivo do torneio é contribuir para toda a comunidade, por isso todos os participantes serão remunerados pelo equivalente a um dia de trabalho e receberão um valor adicional por cada quilo de plástico coletado.
Fonte feed: Via Feed Beer Art