quinta-feira, março 28, 2024

Sem inteligência de dados, o varejo não sobreviverá

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* Carlos Wayand, CEO da Mob2Con

Implantar novas tecnologias é um processo desafiador para qualquer tipo de empresa ou negócio, independentemente do setor ou porte. Quando pensamos no varejo, a rotina intensa e o vínculo direto com o consumidor são fatores que tornam esse processo ainda mais desafiador, porém também bem mais necessário. Atualmente, uma quantidade assustadora de dados está disponível para os varejistas, mas eles não são aproveitados da melhor forma. Saber utilizar essas informações de maneira inteligente e eficaz pode aumentar a produtividade e rentabilidade do negócio, assim como promover a fidelização de clientes. 

Hoje em dia, a inteligência de dados já é fator fundamental para o sucesso no varejo. Sinto-me confortável a dizer, inclusive, que as empresas que não conseguirem acompanhar a concorrência e atender às expectativas dos consumidores ficarão para trás, até porque os impactos da ausência de inteligência de dados no negócio podem ser bastante significativos.

Em primeiro lugar, sem uma análise adequada dos dados, as empresas correm o risco de perder oportunidades de negócio e de não tomar decisões mais assertivas. Isso pode levar a perda de eficiência e redução de rentabilidade das mais diversas etapas, como desde o processo de compra, de abastecimento até o de venda.

Outro ponto fundamental é como a falta de conhecimento sobre os clientes pode levar as empresas a perderem oportunidades de fidelização, de vendas adicionais ou até mesmo de captação de novos consumidores. Atualmente, os clientes já esperam que as marcas conheçam suas necessidades e interesses e ofereçam experiências personalizadas e relevantes. Sem uma compreensão profunda dos dados dos clientes, as organizações não conseguirão atender a essas expectativas e não vão conseguir gerar o encantamento necessário para fechar uma venda ou fidelizar esse freguês.

Além disso, a ausência de capacidade de analisar e agir sobre os dados pode fazer com que as empresas percam a eficiência e produtividade. Sem uma análise adequada, as marcas podem gastar mais tempo e dinheiro com atividades ou produtos improdutivos, deixando de lado oportunidades mais rentáveis.

Tecnologia veio para ficar

Mesmo diante de todos esses riscos, ainda é bem perceptível que existe uma certa resistência por parte dos varejistas na hora de buscar ou adotar tecnologias para alavancarem suas vendas. Inicialmente, acredito que esse receio parta de duas razões: a falta de conhecimento/confiança na nova tecnologia e o custo de operação.

O primeiro desses motivos é mais facilmente contornável. Além do sucesso do concorrente já chamar a atenção a ponto de superar a desconfiança, hoje em dia essas tecnologias estão cada vez mais intuitivas e fáceis de usar, o que torna o processo de adaptação muito mais simples. Por outro lado, simples não quer dizer barato. É verdade que a implementação de novas ferramentas pode exigir um investimento, mas é importante lembrar que o retorno esperado passa pela melhoria da eficiência, da produtividade e da rentabilidade da empresa.

Para se ter uma ideia desse impacto, peguemos o exemplo do CRM (Customer Relationship Management). Cada vez mais popular, essa ferramenta possibilita gerenciar dados dos clientes, como histórico de compras, preferências, comportamentos de compra e outros detalhes relevantes. Com essas informações em mãos, o varejista pode personalizar suas ofertas e comunicações, proporcionar uma experiência única para cada consumidor e aumentar a chance de vendas e fidelização.

Outra forma de utilizar os dados é analisar as tendências de compra e padrões de comportamento dos seus clientes para ajustar seu estoque e oferta de produtos, otimizando a rentabilidade e a produtividade. Por exemplo, se você perceber que certo produto tem alta demanda em um determinado período do mês, o varejista pode se programar com antecedência para garantir um estoque assertivo e proporcional às vendas.

Até porque, é importante ressaltar que o preço é fundamental, mas está longe de ser o único  atributo que o cliente considera na hora de escolher onde comprar. A qualidade do atendimento, a variedade de produtos, a conveniência e a experiência de compra também são fatores importantes que podem fazer a diferença. Por isso, investir em inteligência de dados pode ajudar o varejo a conhecer melhor seu consumidor e oferecer a ele uma experiência personalizada e diferenciada, garantindo resultados expressivos.

Para finalizar, é importante lembrar que a análise de dados não é uma solução mágica para todos os problemas de negócios. No entanto, está cada vez mais claro que essa é uma ferramenta valiosa e essencial para tomadas de decisões mais informadas e direcionadas, aumentando suas chances de sucesso no mercado competitivo de varejo. Até porque, os dados muitas vezes podem ser o diferencial necessário para um negócio de sucesso.

* Carlos Wayand, CEO da Mob2Con, principal plataforma de inteligência de dados para a eficiência operacional do varejo.