O recente aumento de casos de meningite em diferentes regiões do país reforça a importância da informação e da atenção precoce aos sinais da doença, especialmente entre crianças, que fazem parte do grupo mais vulnerável. A meningite é uma inflamação das meninges — membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal — e pode ser causada por vírus, bactérias, fungos ou outros agentes.Segundo a pediatra Mariana Bolonhezi, embora existam diferentes tipos da doença, alguns quadros podem evoluir de forma rápida e grave, o que torna o diagnóstico precoce fundamental. “A meningite pode começar com sintomas inespecíficos, semelhantes aos de uma virose comum, mas sua progressão pode ser muito rápida, principalmente nos casos bacterianos”, explica.Entre os primeiros sinais de alerta, a médica destaca febre alta e persistente, dor de cabeça intensa, vômitos, rigidez na nuca, sonolência excessiva, irritabilidade, sensibilidade à luz e, em bebês, choro inconsolável, moleira estufada e dificuldade para se alimentar. “Qualquer mudança brusca no comportamento da criança associada à febre deve ser investigada. A intuição dos pais é muito importante nesse processo”, reforça Mariana.
A pediatra destaca que a vacinação é uma das principais formas de prevenção contra as meningites mais graves. “Manter o calendário vacinal em dia é essencial. As vacinas contra meningococo, pneumococo e Haemophilus influenzae tipo b oferecem proteção importante e salvam vidas”, afirma.Além da imunização, alguns cuidados diários ajudam a reduzir o risco de transmissão, como higienizar bem as mãos, evitar compartilhar objetos de uso pessoal, manter ambientes ventilados e redobrar a atenção em locais com aglomeração, especialmente em períodos de maior circulação de vírus e bactérias.“Informação e rapidez no atendimento fazem toda a diferença. Diante da suspeita, os pais devem procurar imediatamente um serviço de saúde. Quanto mais cedo o tratamento começa, maiores são as chances de recuperação sem sequelas”, conclui a pediatra Mariana Bolonhezi.