EXCLUSIVO: entrevistamos Martim Eckhardt, diretor da ABRASORVETE

O consumo de sorvetes no Brasil está em ascensão, e as projeções para os próximos anos são promissoras. Com a diversidade de frutas tropicais e uma cultura gastronômica rica, o Nordeste se destaca como um mercado com enorme potencial de crescimento. Em entrevista exclusiva ao TAC, Martim Eckhardt, diretor da Abrasorvete, compartilha insights sobre as tendências globais do setor, a adaptação de sabores regionais e as oportunidades que a inovação pode trazer para pequenos e médios produtores.

TAC: O consumo de sorvetes no Brasil tem crescido? Como o Nordeste se destaca nesse cenário?
Martim Eckhardt: O consumo de sorvetes tem crescido sim e a Abrasorvete acredita que há o potencial de crescimento em 50% em 10 anos no consumo, que foi a campanha que lançamos em 2023. Hoje o sorvete é a sobremesa predileta de 17,7% da população e estima-se um consumo de 7,7L por pessoa anual. O Nordeste segue a tendência brasileira de consumir mais sorvetes de massa, seguidos de picolés e de ter no sorvete a sobremesa preferida.

TAC: Como as tendências globais, como crocância e frutas mastigáveis, podem ser adaptadas ao paladar e ingredientes locais do Nordeste?
Martim Eckhardt: Pedaços de frutas, essências e castanhas, como os chamados toppings, podem não só caracterizar uma tendência regional e única, como atribuir ao produto uma característica ainda mais nutritiva e de qualidade de sabor aos produtos produzidos localmente.

TAC: O Nordeste é rico em frutas tropicais como cajá, umbu, graviola e seriguela. Como elaspodem se encaixar nas novas tendências de sorvetes?
Martim Eckhardt: Congeladas, em caldas feitas a partir da redução, em misturas inovadoras, o céu é o limite quando se trata de sabores e formatos do sorvete, que é um produto tão versátil e saboroso.

TAC: Há exemplos de ingredientes brasileiros que chamaram atenção na SIGEP ou que têm potencial para ganhar espaço no mercado internacional?
Martim Eckhardt: Sabemos que o potencial brasileiro de produção de frutas e de produtos de qualidade é realmente especial. Acreditamos que esse processo a partir de castanhas locais, como a de caju e a inserção dos nossos insumos em novos produtos podem sim se destacar uma vez apresentados ao mercado internacional. Ainda temos um potencial magnífico tanto de inserção de novidades quanto de aumento do consumo.

TAC: O mercado de sorvetes premium tem potencial no Nordeste, considerando o turismo e o perfil do consumidor local?
Martim Eckhardt: Sim, o Nordeste é um mercado que ainda tem muito potencial de exploração. Acreditamos também ali na possibilidade de aumentar em 50% o consumo percapita até 2033.

TAC: Como a inovação no setor pode beneficiar pequenos negócios, como sorveterias artesanais e produtores locais?
Martim Eckhardt: Com equipamentos mais compactos e cada vez mais acessíveis e a maior robotização temos uma possibilidade de conservação, apresentação do produto, e escala potencializados. Acreditamos no benefício disso inclusive na inserção para pequenos negócios, que poderão investir em novos produtos e na otimização dos custos para sobreviverem nesse cenário competitivo.

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