Fuegos Festival reúne chefs renomados para explorar pluralidade das técnicas de fogo no Brasil

Mais importante evento do setor em Minas Gerais aposta em vagas limitadas e qualidade da experiência no Parque de Exposição da Gameleira, em Belo Horizonte

Marcado para 25 de maio no Parque de Exposição da Gameleira (Av. Amazonas, 6020 – Gameleira), em Belo Horizonte, a sexta edição do Fuegos Festival enaltece a cozinha de fogo e vai reunir grandes nomes do setor no Brasil entre chefs, assadores e outros especialistas. 

É a chance de conferir, em um só dia e no mesmo lugar, o trabalho de dezenas de profissionais de todas as regiões do país que estudam e se dedicam às técnicas de cocção da proteína junto às chamas. Em 2024, a fórmula bem-sucedida que alia programação open food e open bar foi mantida, reunindo 34 estações e uma série de atrações musicais, intervenções e ativações. 

A seleção de convidados inclui cozinheiros renomados internacionalmente, como Jefferson Rueda e Leo Paixão – além de talentos que representam Minas pelo mundo, a exemplo de Flávio Trombino. Nomes consolidados junto ao grande público da TV, como Carlos Bertolazzi, Bruno Salomão e Jimmy Ogro, também apresentam suas habilidades no festival. 

Em espaços ao ar livre, o público poderá interagir e conferir de perto as habilidades de das chefs Babi Frazão, Fabiana Rodrigues, Julia Carvalho, Paula Labaki, Sofia Marinho e  Tainá Moura.

“Nossa lista de convidados é pensada para abranger a pluralidade das técnicas de fogo brasileiras, que assumem caminhos extremamente diferentes a depender de cada região. Temos um roteiro que vai desde a culinária tapajônica, desenvolvida por indígenas na Amazônia, até o tradicional churrasco gaúcho que dialoga tão de perto com Argentina e Uruguai”, explica o produtor cultural Marcelo Wanderley, idealizador e curador do Fuegos. 

A escalação de gigantes da cozinha para a 6ª edição do Fuegos atende às ideias de conceito, conforto e exclusividade, que são pilares do evento. A presença de chefs famosos e influentes é um reflexo de como o evento se posiciona enquanto celebração, não apenas da culinária feita nas chamas, mas também da comunidade de apreciadores e apaixonados que se formou ao redor do assunto. 

“A missão é desafiadora, mas queremos representar a grandiosidade da nossa cultura alimentar em um panorama marcado pelo talento e pela dedicação dos profissionais envolvidos”, acrescenta Wanderley.

Chef Jefferson Rueda. Crédito: Marcus Steinmeyer

Alguns dos convidados do Fuegos Festival (e seus segredos)

Jefferson Rueda, talento à frente do consagrado A Casa do Porco, apresenta ao Fuegos cortes de raças nobres criadas pelo Porco Real – um açougue familiar gerido pelo chef, especializado em embutidos de porco caipira. Os animais, criados soltos e sob rígido controle de bem-estar animal no interior de São Paulo, serão levados ao festival, mas o cozinheiro adianta que não repetirá nenhuma de suas receitas célebres. “Estou levando os meus porcos, mas gostaria de fazer uma receita em homenagem aos mineiros, com ingredientes típicos e de produtores locais”, explica Rueda. A surpresa será revelada somente no evento.

Já para Leo Paixão, que é um velho amigo do festival e marca presença em todas as edições, a aposta para o Fuegos deste ano é o flat iron steak, corte de paleta bovina que surpreende pela maciez e sabor. Um hors concours da gastronomia mineira, o cozinheiro premiado responsável por casas como Glouton, Ninita e Macaréu trabalhará no evento com proteínas nobres da Carapreta, que têm procedência de origem e produção controlada. 

Representante da força feminina no segmento da cozinha de fogo, Paula Labaki vai mostrar ao público de BH as razões pelas quais é conhecida como Rainha da Brasa em São Paulo. Responsável por um dos sanduíches de pastrami mais celebrados da capital paulista, a chef do Labaki Deli Shop leva à capital mineira um ícone dos assados brasileiros. Trata-se do cupim casqueirado, que é servido em lascas depois de bem tostado na churrasqueira.

De Porto Alegre, Marcelo “Bolinha” Conceição investe na riqueza de técnica e tradição do churrasco gaúcho e vai apresentar uma costela inteira, que inclui a bisteca. Estudioso de cortes e métodos de cocção, o açougueiro e assador é um dos grandes nomes no assunto e está por trás do canal mais popular no Youtube sobre o churrasco gaúcho, Marcelo Bolinha Carnes, com mais de 800 mil inscritos.

As fortes raízes amazônicas do chef Saulo Jennings chegam ao Fuegos representadas pela piracaia, um assado de peixe que carrega identidade e história da região entre os Rios Tapajós e Amazonas. A herança cultural do cozinheiro paraense desembarca em BH sob parceria com a Juruá Pescados, especializada em produtos com selo de origem do bioma amazônico.

Churrasqueiro multicultural com influências que vão do Texas ao Pampa, Jimmy Ogro entra na escalação do Fuegos com uma atração inédita: o varal de picanhas. A estação gastronômica do chef promete surpreender pelo tamanho que essa estrutura demanda e pela entrega de sabores surpreendentes, que vão além do próprio varal. Só conferindo de perto para saber.

Autoridade em American BBQ, o chef maranhense Bruno Salomão aproveita a visita à capital mineira para explorar uma receita do repertório local. O cozinheiro do canal Cansei de Ser Chef vai preparar uma mineiríssima vaca atolada, tendo a costela minga da Cara Preta como estrela do prato.

Ainda no campo das tradições de Minas, Flávio Trombino do aclamado restaurante Xapuri garante a força das raízes lançadas por sua mãe, a lendária Nelsa Trombino. Pesquisador da culinária no estado, ele apresenta mais uma vez ao Fuegos a Estação Tropeira, totalmente dedicada à cozinha mineira que dialoga com a história das expedições de colonização.

Um dos profissionais que participaram da fundação do Fuegos Festival, o chef Carlos Bertolazzi volta ao evento com um ingrediente nobre e de altíssima qualidade: cortes de Wagyu puro sangue, fornecidos pela Fazenda Bosque Belo. O responsável pelo Zena Cucina e pela rede de hamburguerias Best Burger & Co. pretende emocionar o público em BH com a carne de marmoreio e textura incomparáveis.

A culinária autoral de Sofia Marinho, conhecida pelo projeto A Cozinha de Sofia, em BH, assina uma das estações veganas do Fuegos. Sempre fartas e bem elaboradas, as partes do evento dedicadas aos preparos sem proteína animal costumam ser um espetáculo à parte – neste caso, uma abóbora defumada junto às chamas se transforma em creme, que acompanha fusilli grano duro com legumes tostados.

Crédito: Nereu Jr.

Em São Paulo, “A Casa do Porco” reavivou o gosto pela carne suína. Através de uma cozinha caipira brasileira com técnicas de vanguarda, Rueda alçou o porco como grande protagonista e a única proteína animal servida à mesa. 

Ao ser convidado para o Fuegos Festival, o chef se recusou a simplesmente reproduzir as receitas de seu restaurante. Ao invés disso, ele trará os insumos de seu frigorífico, o Porco Real, e desenvolverá novos preparos, especialmente pensados em homenagear a tradição gastronômica de Minas Gerais. “Estou levando os meus porcos, mas gostaria de fazer uma receita em homenagem aos mineiros, com ingredientes típicos e de produtores locais”, revela Rueda.

O produtor cultural Marcelo Wanderley, Idealizador e curador do Fuegos, ressalta o compromisso de Rueda em explorar e valorizar os ingredientes locais, enriquecendo ainda mais a experiência dos participantes. “O Jefferson Rueda é um dos principais expoentes da cultura alimentar brasileira, e a personalidade responsável pela difusão da cultura do consumo da carne que mais cresce no país: o porco.”

Edição especial do Fuegos

Além da participação de Jefferson Rueda, o Fuegos reúne outros 39 assadores e chefs premiados de todo o país, distribuídos por 34 estações. A fórmula bem-sucedida foi mantida, que alia programação open food e open bar, somada a uma série de atrações musicais, intervenções e ativações. 

Neste ano, o festival gastronômico renova seu voto de fidelidade às suas raízes, adotando um formato ainda mais singular e exclusivo, para garantir conforto e agilidade no acesso às estações. Por isso, a produção avisa de antemão: os ingressos para o 6º Fuegos Festival devem esgotar-se rapidamente. As entradas da pré-venda, por exemplo, acabaram em menos de 24 horas.

“Nossa edição do ano passado foi a maior na história do festival, uma surpresa emocionante. Ficamos muito gratos e orgulhosos pelo público imenso que nos prestigiou, porém entendemos que a próxima edição deve retomar as raízes do projeto, que é pautado pelas ideias de conceito, conforto e exclusividade”, resume Wanderley.

Além dos alimentos, todos os utensílios utilizados, desde as ferragens, embalagens, carvão, lenha e estruturas, contam com o Selo de Qualidade Fuegos, uma rigorosa curadoria realizada ao longo de meses por uma equipe multidisciplinar para garantir a excelência do evento, que reúne grandes marcas da gastronomia nacional e internacional.

Valorização dos produtos mineiros

Em parceria com a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg) e com o apoio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), por meio do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), o Fuegos não apenas oferece aos participantes uma experiência culinária única, mas também destaca o trabalho árduo e a qualidade dos produtos agropecuários do estado. A organização acredita que a colaboração direta com os criadores de animais conecta os participantes do evento à terra e aos insumos essenciais de cada prato preparado.

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