Na primeira quinzena de maio chega às farmácias o Mounjaro. No Brasil, o medicamento foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apenas para o tratamento do diabetes tipo 2 e com retenção de receita na hora da compra.
Para a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato o Mounjaro representa um avanço significativo no tratamento do diabetes. “Esta medicação, conhecida como tirzepatida, combina análogos do GLP-1 com a molécula GIP em uma única estrutura. Esta associação se mostrou superior na perda de peso e controle da glicemia em comparação ao uso isolado de semaglutida. Embora ainda não aprovado com este fim no Brasil, o ZepBound (tirzepatida para o tratamento da obesidade) já está regulamentado nos Estados Unidos”, explica a Dra. Lorena Amato.
A especialista conta que, mesmo antes da aprovação mundial, o Mounjaro começou a ser utilizado para a perda de peso com base em sua segurança e eficácia, similar ao precedente estabelecido pelo uso off-label do Ozempic para controle de peso. “A escolha entre essas medicações deve considerar a tolerância individual a medicamentos como o Wegovy. Além disso, o Mounjaro pode ser uma alternativa, especialmente quando é necessária uma perda de peso mais significativa ou quando os efeitos colaterais da semaglutida são uma preocupação”, orienta Dra. Lorena Amato.
Sobre a Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP